CDB vs. LCI/LCA vs. Debêntures incentivadas: onde seu dinheiro rende mais em 2025?

Compare CDB, LCI/LCA e debêntures incentivadas em 2025. Veja impostos, liquidez e riscos para escolher o maior rendimento líquido.

Heitor Rocha 13/10/2025
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Introdução: renda fixa em alta, foco no líquido.

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Quando a Selic está parruda, a renda fixa vira a queridinha do investidor brasileiro. Mas “quem rende mais” não se resolve só com a taxa de vitrine: a disputa real considera prazo, liquidez, imposto e risco do emissor.

Neste guia prático, vamos comparar CDB, LCI/LCA e debêntures incentivadas, pensando no líquido no bolso e na sua paz de espírito.

A regra de ouro? O melhor investimento é o que encaixa no seu objetivo e deixa você dormir tranquilo.

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Gatilho: você precisa do dinheiro em 6, 18 ou 60 meses? Essa resposta já corta metade das opções.

Conceitos express sem juridiquês.

  • CDB: título emitido por bancos, pode ser pós (CDI), prefixado ou IPCA+. Conta com FGC até os limites.
  • LCI/LCA: títulos de imobiliário (LCI) e agronegócio (LCA), isentos de IR para pessoa física, também com FGC.
  • Debêntures incentivadas: emitidas por empresas de infraestrutura, isentas de IR para PF, sem FGC, usualmente IPCA+ ou prefixadas, prazos mais longos.

Tradução do investidor para investidor: FGC protege (até o limite), isenção melhora o líquido, carência limita a saída, e marcação a mercado pode mexer no preço antes do vencimento.

Como comparar “maçã com maçã”

Benchmarks:

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  • CDI (pós): acompanha os juros de curto prazo, previsível e estável.
  • IPCA+: protege poder de compra no horizonte longo.
  • Prefixado: brilha quando os juros caem; sofre se subirem.

Liquidez:

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  • CDB pode ter liquidez diária (D+0/D+1).
  • LCI/LCA costuma ter carência (travado até o vencimento).
  • Debêntures negociam no mercado secundário: dá para vender antes, mas o preço oscila.

Imposto:

  • CDB: IR regressivo (22,5% até 15%, conforme prazo).
  • LCI/LCA: isentas de IR.
  • Debêntures incentivadas: isentas de IR (PF).

Cola do bem: compare líquido x prazo x liquidez. Taxa bruta alta sem saída fácil pode virar cilada.

Tabela 1: comparativo rápido (bem compacta)

Produto.FGC?Liquidez.Ideal para
CDB.Sim (limites).Pode ser diária.Reserva e metas de curto/médio.
LCI/LCASim (limites).Em geral, travada.Metas de 1-3 anos sem IR.
Debêntura Inc.Não.Mercado (oscila)Longo prazo com IPCA+

Nota FGC: até R$ 250 mil por CPF por instituição; teto global R$ 1 milhão/4 anos.

Qual é “melhor” por objetivo: mapa do bolso?

0-12 meses (reserva e oportunidades)

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  • CDB pós-CDI com liquidez diária. Aqui, a palavra mágica é flexibilidade. Se pintar aperto, você resgata sem drama.

1-3 anos (carro, intercâmbio, reforma)

  • LCI/LCA com taxa firme frequentemente batem o CDB no líquido por conta da isenção. O trade-off é a carência: calcule para não precisar sair antes.

3-7 anos (pós, segundo imóvel, negócio)

  • Debêntures incentivadas IPCA+ protegem contra inflação e costumam pagar um prêmio. Pedem análise de emissor, sangue-frio com marcação a mercado e visão de longo prazo.

Renda passiva e diversificação.

  • Combine CDI + IPCA+ + (eventual) prefixado. Essa mistura suaviza a montanha-russa e casa os prazos com os seus planos.

Tributação e custos: o que pesa no líquido.

CDB (IR regressivo):

  • Até 180 dias: 22,5%.
  • 181-360 dias: 20%.
  • 361-720 dias: 17,5%.
  • Acima de 720 dias: 15%.
  • IOF só se resgatar em até 30 dias.

LCI/LCA: isentas de IR (PF).

Debêntures incentivadas: isentas de IR (PF).

Plataformas: muitas zeraram custódia na renda fixa, mas confira spreads e taxas específicas por emissão.

Tabela 2 Tributação e riscos (bem compacta)

Produto.IR (PF)Volatilidade.Atenção:
CDB.Regressivo (22,5% → 15%)Baixa-se até vencimento.Checar indexador e D+0/D+1.
LCI/LCAIsento.Baixa-se até vencimento.Carência: planeje o prazo.
Debêntura Inc.Isento.Média/alta (marcação)Sem FGC; olhar rating/covenants.

Lembrete de ouro: isenção não “salva” investimento ruim. Se a taxa não compensa o prazo/risco, passa.

Estratégias de carteira: regra dos baldes.

Curto (0-12m): CDB pós com liquidez diária para caixa e imprevistos.

Médio (1-3a): LCI/LCA travada quando a taxa supera o CDB líquido.

Longo (3-7+a): Debêntura incentivada IPCA+ para proteger poder de compra; se preferir evitar risco corporativo, um CDB IPCA+ longo pode ser alternativa mais “pacífica”.

Rebalanceamento inteligente.

  • Queda de juros: prefixados/IPCA+ tendem a valorizar; dá para realizar parte e realocar.
  • Alta de juros: alongue prazos com parcimônia, mantenha caixa para oportunidades.

Quando buscar assessoria de investimentos?

  • Se o patrimônio cresceu, a carteira ficou complexa ou a tributação começou a confundir, uma assessoria de investimentos ajuda a desenhar política, comparar prazos e evitar tropeços.

Planejamento financeiro e previdência privada.

  • Objetivos claros + aportes regulares = constância que vence no longo. Avalie previdência quando fizer sentido (diversificação fiscal e sucessória).

Passo a passo (5 min, vida real)

  1. Escolha a plataforma.
    Compare variedade de emissões, prazos e simulador (mostrando líquido).
  2. Leia a lâmina/term sheet.
    Veja indexador, vencimento, carência, riscos e custos.
  3. Simule o líquido.
    Inclua IR/IOF (quando houver) e eventuais taxas. Se há chance de sair antes, teste esse cenário.
  4. Compre e acompanhe.
    Ative alertas de vencimento e faça revisões semestrais para ajustar alocação.

Erros comuns (e como escapar)

  • Focar na taxa bruta e ignorar imposto/custos.
  • Ignorar carência (LCI/LCA) e precisar do dinheiro no meio do caminho.
  • Subestimar risco do emissor em debêntures (não tem FGC).
  • Concentrar tudo num banco só (respeite os limites do FGC).
  • Pular a leitura da lâmina (índice, prazo, riscos, custos).

Mini-FAQ (direto ao ponto)

LCI/LCA sempre ganham do CDB por serem isentas?
Não necessariamente.

Quando o CDB líquido fica alto, ele pode vencer. Compare prazo e taxa e lembre-se da carência das LCIs/LCAs.

Debêntura incentivada é segura para iniciante?

É isenta e pode ser ótima no longo, mas sem FGC. Exige olhar rating, setor, covenants e aceitar oscilação.

Como funcionam os limites do FGC?

Cobertura até R$ 250 mil por CPF por instituição (ou conglomerado), com teto global de R$ 1 milhão a cada 4 anos.

Sobre o autor

Sou entusiasta das oportunidades que o mundo digital oferece para transformar a vida financeira das pessoas. Aqui, reúno minha experiência em produtos bancários, investimentos e fintechs brasileiras para entregar conteúdo prático, confiável e sempre atualizado. Pesquiso, testo e analiso soluções – de contas digitais a linhas de crédito, para ajudá‑lo a tomar decisões seguras e potencializar seu dinheiro. Minha missão é simplificar conceitos complexos, mostrar caminhos claros e oferecer orientações que realmente façam a diferença no seu bolso e na sua tranquilidade financeira.